A Trágica Realidade dos Acidentes Infantis nas Escolas e a Urgência do Atendimento Pré-Hospitalar
- Edson Fernandes
- 14 de fev.
- 4 min de leitura
Imagine uma cena comum em uma escola: crianças correndo e brincando no pátio, o burburinho de vozes e risadas preenchendo o ar. De repente, um grito agudo corta a alegria. Uma criança cai, um choque, um sangramento. O que era um momento de diversão se transforma em desespero.
Acidentes como esse são mais comuns do que imaginamos. Escolas, que deveriam ser um ambiente seguro, se tornam palco de tragédias. Quedas, choques, engasgos, queimaduras... A lista de perigos é extensa. E o pior: a falta de conhecimento em atendimento pré-hospitalar (APH) agrava as consequências, levando, em casos extremos, à morte.
Dados da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) revelam que acidentes são a principal causa de morte em crianças de 1 a 14 anos no Brasil. Nas escolas, a situação não é diferente. Um estudo da Universidade de São Paulo (USP) aponta que 70% dos acidentes nesse ambiente poderiam ser evitados com medidas simples de prevenção e treinamento em APH.

SERÁ QUE ESTAMOS PREPARADOS DA CUIDAR DAS NOSSAS CRIANÇAS?
A falta de preparo para lidar com emergências é um fator crucial. Muitos educadores desconhecem as técnicas básicas de Atendimento Pré Hospitalar, como desengasgar uma criança ou estancar um sangramento ou realizar uma massagem cardíaca externa. O despreparo se estende à comunidade escolar, que muitas vezes não sabe como agir em momentos críticos.
E as consequências pela ausência de conhecimento em APH adequado pode transformar um acidente leve em uma tragédia. Uma fratura mal cuidada pode gerar sequelas permanentes. Um engasgo não socorrido pode levar à morte por asfixia. A cada minuto perdido, o nível de sobrevivência da criança diminui drasticamente.
02 (DOIS) CASOS
Nesta semana tivemos 02 (dois) acidentes graves que ceifaram a vidas de crianças, menores de 3 anos
CASO 1 - Uma bebê de 1 ano e 11 meses morreu afogada na piscina de uma casa no Parque América, em Itu, na quinta-feira (22). A vítima foi identificada como Manuela Sousa. Ela completaria 2 anos no dia 6 de julho. Segundo o boletim de ocorrência, uma tia contou que, na tarde de quinta (23), a babá da menina a deixou na casa de uma vizinha. Em determinado momento, a mulher teria saído da sala onde a criança estava. Ao retornar, ela notou que Manuela havia saído da residência e caído na piscina. Nesse momento, a moradora pediu a ajuda de vizinhos para retirar a bebê da água. O Serviço Móvel de Atendimento de Urgência (Samu) foi acionado. A equipe realizou os primeiros socorros no local e, em seguida, levou a vítima para a Santa Casa de Itu. Porém, ela já chegou sem vida ao hospital.
CASO 2 - Um bebê de um ano e 11 meses morreu afogado, na manhã desta quarta-feira (12), no Jardim Santa Catarina, em Sorocaba. Ele foi levado à Unidade de Pronto Atendimento, mas não resistiu. De acordo com o boletim de ocorrência, a cuidadora particular foi buscar o bebê na creche para dar aulas a ele e a outras crianças em sua residência, em uma atividade conhecida como "Polo". Segundo informações, a cuidadora saiu para comprar pão e deixou as crianças sob os cuidados de outras pessoas. Cerca de uma hora após buscar o bebê na creche, a cuidadora ligou para a mãe, informando que ele havia caído na piscina e pedindo que ela fosse até o posto de saúde do bairro Vitória Régia, na zona norte da cidade. Ao chegar à unidade de saúde, a mãe encontrou o filho sem vida. Relatos indicam que a cuidadora informou à avó da criança que havia saído para comprar pão e deixado as crianças sob os cuidados de outra pessoa. Quando retornou, encontrou o bebê desacordado na piscina e o levou para atendimento médico no PA da Vitória Régia.
A SOLUÇÃO
Acreditamos que a solução para este problema é a educação. É preciso investir em treinamento em APH para todos os profissionais da escola, desde professores até funcionários da cantina. Além disso, é fundamental envolver a comunidade escolar, oferecendo cursos e palestras sobre prevenção de acidentes e primeiros socorros.

O IMPACTO
Imagine um cenário diferente: uma escola onde todos sabem como agir em caso de emergência. Um lugar onde a criança se sente segura e protegida. Um ambiente onde a vida é preservada. Podemos estender esta educação para os pais, pois muitos riscos existem dentro das residências e as crianças pelo seu instinto de curiosidade, acabam se colocando em situações que são graves.
BENEFÍCIO
Com o conhecimento em APH, a escola se torna um local mais seguro para todos. A comunidade escolar se sente mais confiante e preparada para lidar com os desafios. Os pais têm a certeza de que seus filhos estão protegidos.
NOSSA EQUIPE OFERECE O PROGRAMA ABRAÇO SEGURO
Convidamos você a se engajar nesta luta. Desenvolver o nosso programa em sua escola, converse com nossa equipe comercial para implantarmos na vossa escola o programa.
Você que é pai ou mãe, exige da escola estar preparada para fazer a diferença. Acreditamos que a mudança é possível. Com a união de esforços, podemos construir um futuro mais seguro para nossas crianças.

PRINCIPAIS DE TIPOS DE ACIDENTES:
Tipos de acidentes mais comuns nas escolas
Quedas
Fraturas
Entorses
Luxações
Traumatismos cranianos
Cortes
Hemorragias
Queimaduras
Choques elétricos
Engasgos
Intoxicações
Picadas de animais peçonhentos
Como prevenir acidentes na escola
Mantenha os espaços limpos e organizados
Supervisione as crianças durante as atividades
Ofereça atividades educativas sobre prevenção de acidentes
Promova a cultura de segurança na escola

O que fazer em caso de acidente
Mantenha a calma
Acione o serviço de emergência (192)
Avalie a gravidade da situação
Preste os primeiros socorros
Siga as orientações do serviço de emergência

A IMPORTÂNCIA DO ATENDIMENTO PRÉ HOSPITALAR
É o atendimento prestado à vítima de um acidente ou mal súbito, antes da chegada do socorro médico profissional. O APH é fundamental para garantir a sobrevida da vítima e minimizar as sequelas.

Qualquer pessoa pode prestar APH, desde que tenha conhecimento e treinamento adequados. É importante lembrar que o APH não substitui o atendimento médico profissional, mas pode fazer a diferença entre a vida e a morte.
Acreditamos que o futuro da segurança infantil nas escolas passa pela educação e pela prevenção. É preciso investir em treinamento em APH para todos os profissionais da escola, bem como conscientizar a comunidade escolar sobre a importância da prevenção de acidentes.
Juntos, podemos construir um futuro mais seguro para nossas crianças.